Ficam então alguns daqueles que consegui identificar:
Pato real (Anas platyrhynchos)

Habitat: Encontra-se em todos os tipos de zonas húmidas, particularmente nos estuários. Quanto à nidificação, os habitats de localização do ninho podem ser variadíssimos.
MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: As populações da bacia mediterrânica são fundamentalmente residentes, com dispersões frequentes após a época de nidificação. Esta ocorre cedo, a partir de Fevereiro, e as ninhadas ficam a cargo das fêmeas. Os machos dispersam-se e iniciam a muda. No Verão e início do Outono verificam-se grandes concentrações destas aves, começando no final do Outono e Inverno o acasalamento e dispersão novamente pelas áreas de nidificação.
Alimentação: É uma espécie omnívora e oportunista, com uma vasta variedade na sua dieta e tipo de alimentação. A diversidade do comportamento alimentar permite o uso diverso de habitats variados, o que também se reflecte na lista extensa de alimentos já registados para a espécie. Entre outros, contam-se plantas aquáticas, cereais, leguminosas, insectos, moluscos, peixes, etc.
Reprodução/POSTURAS: São compostas por 9 a 13 ovos. O ninho consiste numa ligeira depressão com ervas, folhas e por vezes alguns ramos, sendo construído pela fêmea. INCUBAÇÃO: Dura cerca de 27 a 28 dias. CRIAS: São nidífugas e alimentam-se sozinhas, demorando 50 a 60 dias. Estudos realizados no Norte da Europa demonstraram taxas de eclosão de 52,7 por cento a 83,1 por cento e uma média de 7 crias emplumadas por ninhada.
Minhas observações:
Este trata-se talvez do animal que mais simpatia colhe por parte dos habitantes de Agualva-Cacém. É frequente ver as fêmeas a alimentarem-se na ribeira rodeadas de patinhos. As pessoas que passeiam pelo parque frequentemente levam pão para darem aos patos.
Não é raro o dia que se vêem as pontes que atravessam a ribeira, cheias de pessoas a observarem as familias de patos.
Não é raro o dia que se vêem as pontes que atravessam a ribeira, cheias de pessoas a observarem as familias de patos.
É de notar ainda que as primeiras ninhadas deste ano já nasceram e os pequenos patinhos estão já do tamanho dos progenitores. É incrivel o número de fêmeas com ninhadas que foi possivel obesrvar este ano!
Galinha d´agua (Gallinula chloropus)

Minhas observações:
Antes das obras do Polis, era muito frequente ver estes animais a deambularem na vegetação que crescia no leito da ribeira, junto à antiga ponte. Hoje em dia é raro vê-las...
Lapas de água-doce (Ancylus fluviatilis)

Minhas observações:
Encontrei esta espécie nos troços mais a montante do rio. É provável que as recentes obras de regularização da ribeira tenham eliminado este seres das zonas próximas do cacém de baixo, devido ao constante movimento de máquinas pesadas no leito da ribeira.
Rã verde (Rana perezi)

ALIMENTAÇÃO: A sua dieta inclui diversos tipos de invertebrados tais como insectos, aracnídeos, moluscos e miriápodes. Também podem comer vertebrados como pequenos peixes e outros anfíbios. Conhecem-se alguns casos de canibalismo. Os girinos alimentam-se de algas e detritos.
REPRODUÇÃO: Em Portugal a época de reprodução ocorre, em geral, entre Março e Julho. Os machos atraem as fêmeas através do coachar (que se ouve a grandes distâncias) e abraçam-nas pelas costas (amplexo axilar). A fêmea deposita entre 800 e 10000 ovos em cachos soltos ou prende-os à vegetação. As larvas eclodem poucos dias após a postura e o seu desenvolvimento é lento. A maior parte das metamorfoses dão-se em Julho ou Agosto, mas são conhecidos casos em que os indivíduos passam o Inverno no estado larvar. A maturidade sexual é atingida aos 4 anos e podem atingir os 10 anos de vida.
Minhas observações:
Quem passear durante estes dias ao longo das margens da ribeira, irá certamente ouvir o coachar destes animais. Chegou a época de acasalamento!
Ratazana dos esgotos ou ratazana castanha (Rattus norvegicus)

Alimentação: Espécie omnívora, com uma dieta muito variada, devido à sua grande proximidade ao homem, mas tendo preferência por alimentos com teores elevados de proteína e hidratos de carbono. Comem grandes quantidades de cada vez, num total de 25 a 30 g por dia. Não subsistem sem água.
Hábitos:
Apresenta uma antropofilia marcada, colonizando preferencialmente lixeiras, esgotos, jardins, muros, ribeiras, canais de rega e drenagem, instalações pecuárias, bermas de estradas, instalações industriais e marachas costeiras. São excelentes nadadores, podem manter-se debaixo de água cerca de 30 segundos (!) e podem entrar nos edifícios através das canalizações. No exterior os ninhos são normalmente subterrâneos e cavam galerias. Dentro dos edifícios os ninhos são construídos com materiais moles localizando-se preferencialmente nos pisos inferiores, por baixo ou atrás de mobiliário ou equipamentos fixos, entre pilhas de produtos armazenados. Roem preferencialmente madeira e cabos eléctricos. A sua actividade é essencialmente nocturna com picos ao anoitecer e ao amanhecer. Quando as populações presentes são grandes, são perturbadas ou têm fome, é frequente a actividade diurna. O raio de acção é de cerca de 30 a 50 m. Passam através de pequenas aberturas (cerca de 1.3 cm).
Minhas observações:
Não é raro observar estes seres nas margens da ribeira, ao longo do parque. Mostram-se sem medo das pessoas e passeiam-se ao longo das margens mesmo durante o dia. Não é raro vê-las a nadarem de uma margem para outra. Penso que se poderem apanhar uma pata distraida, sem dificuldades irão atacar os patinhos mais pequenos ou alguma rã menos atenta.
Algas filamentosas verdes, caracteristicas de águas com excessos de nutrientes. Tanto ocorrem em águas estagnadas como em águas correntes.
Minhas observações:
Quem for dar uma volta agora ao longo da ribeira, vai reparar que o leito da ribeira encontra-se coberto por estas algas. Penso que se trata de uma consequência dos esgotos que ainda são despejados para a ribeira e são uma prova da eutrofização deste curso de água.
Algumas notas:
Até agora não consegui detectar nenhuma planta verdadeiramente aquática.
Também não consegui detectar nenhuma planta flutuante.
Felizmente não detectei Gambusias na Ribeira (Gambusia holbrooki) (pequenos peixes que foram introduzidos em Portugal para controlo de mosquitos, mas que se tornaram uma verdadeira praga), apesar de existirem fontes e tanques perto da Ribeira que possuem colónias destes peixes.
Infelizmente já detectei a presença da temivel praga que são os lagostins vermelhos, (Procambarus clarkii) ou também designados lagostins do Louisiana.
Detectei uma espécie de peixes e várias espécies de plantas e árvores marginais.
Fica a promessa de um próximo tópico com a identificação de mais espécies.
2 comentários:
Ainda se vêm as galinhas mesmo depois do Polis, mas não é muito frequente.
Esta semana vi uma garça mesmo atrás do edifício dos telefones. Antes das obras era mais comum ver garças na ribeira
Na Ribeira das Jardas existe uma espécie de peixe, o Iberochondrostoma lusitanicum, um endemismo português (só existe em Portugal). O seu estatuto de conservação é Criticamente em Perigo. Mais informação no Livro Vermelho:
http://portal.icnb.pt/NR/rdonlyres/CB478D55-FC7C-4EE2-AEFC-84B423307566/3109/LVVP_Peixes_Chondrostomalusitanicum.pdf
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